Política

27/08/2025 08:40:00

Deputada Janaina Riva reage a ataque de vereador contra prefeita de Pedra Preta e anuncia medidas

A deputada estadual Janaina Riva (MDB), procuradora especial da Mulher da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), reagiu com indignação às ofensas proferidas pelo vereador Gilson José de Souza, conhecido como Gilson da Agricultura, contra a prefeita de Pedra Preta, Iraci Souza. Durante sessão da Câmara Municipal, realizada no dia 26 de agosto, o parlamentar chamou a chefe do Executivo de “cachorra viciada”, em fala que gerou repúdio imediato.

“Eu não conheço o vereador, mas me indigna saber que um representante eleito tem coragem de se referir dessa forma a uma prefeita reeleita, bem avaliada pela população, que já foi vereadora e que trabalha pelo seu povo. Quero entender o que significa ‘cachorra viciada’. Isso é um absurdo”, afirmou Janaina em vídeo publicado em suas redes socais.

A parlamentar anunciou que a Procuradoria da Mulher da ALMT vai acionar os órgãos competentes, cobrando que o Ministério Público questione o vereador sobre a motivação do ataque. “Não existe civilidade quando se agride uma mulher. Nós não vamos ficar inertes. Esse tipo de fala machista, preconceituosa e criminosa é violência política de gênero, precisa ser denunciada ao Tribunal Regional Eleitoral e pode, sim, torná-lo inelegível”, reforçou.

Moção de repúdio

Além da manifestação nas redes, a Procuradoria da Mulher emitiu moção oficial de repúdio, assinada por Janaina Riva e pelos deputados Carlos Avallone e Valdir Barranco. O documento destaca que a conduta do vereador fere o decoro parlamentar, afronta a dignidade da pessoa humana e atenta contra a representação política feminina, configurando violência política de gênero, conforme previsto na Lei nº 14.192/2021.

O texto exige retratação pública e defende que práticas desse tipo não podem ser normalizadas. “Tais atitudes não atingem apenas a honra da prefeita, mas ofendem todas as mulheres que atuam na política e afrontam o avanço democrático na luta pela equidade de gênero”, diz a nota.

Compromisso de reação institucional

A Procuradoria da Mulher reafirmou ainda o compromisso de acompanhar o caso, cobrar providências institucionais e fortalecer os mecanismos de proteção à participação feminina na política em igualdade de condições. “Não vamos passar pano. Para ser um representante político é preciso ter civilidade, e isso começa pelo respeito às mulheres”, concluiu Janaina.

Fonte: Laura Petraglia/Assessoria de Comunicação