30/07/2025 17:38:00
Governo central registra déficit primário de R$ 44,3 bilhões em junho
Dados sobre as contas do governo central foram divulgados nesta quarta-feira (30/7) pelo Tesouro Nacional

As contas do governo central — Tesouro Nacional, Banco Central (BC) e Previdência Social — registraram déficit primário de R$ 44.296 bilhão em junho de 2025, enquanto no mesmo mês de 2024 foi observado um déficit de R$ 38.721 bilhão (em valores não corrigidos pela inflação).
No mês, Tesouro e Banco Central, juntos, foram superavitários em R$ 5 bilhões, enquanto a Previdência Social (RGPS) apresentou um déficit de R$ 49 bilhões.
Comparado com o mesmo período de 2024, o resultado primário observado é resultado de uma queda real da receita líquida de 0,1% (R$ 169.017 bilhões) e de um acréscimo das despesas totais de 1,6% (R$ 213.313 bilhões).
Os dados fazem parte do Relatório do Tesouro Nacional (RTN), divulgado nesta quarta-feira (30/7). O resultado primário do Governo Central acumulado em 12 meses foi de superávit de R$ 15,3 bilhões, equivalente a 0,11% do PIB.
O resultado deste ano decorreu de um superávit de R$ 192.194 bilhões do Tesouro e do Banco Central e um déficit de R$ 203 bilhões na Previdência Social.
Em termos reais, em junho, a receita total apresentou elevação de R$ 46,8 bilhões (3,4%), enquanto a receita líquida apresentou elevação de R$ 31,7 bilhões (2,8%) em termos reais frente ao acumulado do mesmo período em 2024.
Segundo o Tesouro, o aumento da receita líquida em junho de 2025 foi explicado, em grande medida, pelo desempenho das receitas administradas pela Receita Federal, que registraram um aumento real de 5,4% (+R$ 7,2 bilhões). Os principais destaques foram:
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Imposto de Importação – aumento de R$ 10,4 bilhões
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Imposto sobre a Renda – aumento de R$ 19,2 bilhões
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Outras Receitas Administradas pela RFB – aumento de R$ 12,2 bilhões
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Arrecadação Líquida para o RGPS – aumento de R$ 3,6 bilhões
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Dividendos e Participações – redução de R$ 5,6 bilhões
No primeiro semestre do ano, a receita total apresentou elevação de R$ 46,8 bilhões (3,4%), enquanto a receita líquida apresentou elevação de R$ 31,7 bilhões (2,8%) em termos reais frente ao mesmo período no ano passado. De acordo com o Tesouro, o aumento foi motivado por:
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Imposto de Importação – aumento de R$ 10,4 bilhões
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Imposto sobre a Renda – aumento de R$ 19,2 bilhões
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Outras Receitas Administradas pela RFB – aumento de R$ 12,2 bilhões
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Arrecadação Líquida para o RGPS – aumento de R$ 13,5 bilhões
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Dividendos e Participações – redução de R$ 13,6 bilhões
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Exploração de Recursos Naturais – aumento de R$ 6,5 bilhões
Com relação as despesas, em junho, contra mesmo mês de 2024, houve um aumento de R$ 3,3 bilhões (1,6%) em termos reais. As principais variações foram:
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Benefícios Previdenciários – aumento de R$ 5,7 bilhões
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Abono e Seguro Desemprego – aumento de R$ 1,6 bilhão
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Benefícios de Prestação Continuada da LOAS/RMV – aumento de R$ 1,2 bilhão
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Créditos Extraordinários – redução de R$ 1,1 bilhão
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Obrigatórias com Controle de Fluxo – aumento de R$ 1,3 bilhão
No acumulado do primeiro semestre, a despesa total apresentou diminuição de R$ 28,8 bilhões (-2,4%) em termos reais frente ao primeiro semestre de 2024.
Entenda as contas do governo central
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Um superávit primário ocorre quando as receitas têm saldo maior do que as despesas, sem contar os juros. O déficit primário ocorre quando esse resultado é negativo. Juntos, eles formam o “resultado primário”.
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No acumulado de 2024, o governo central teve déficit primário de R$ 43 bilhões — equivalente a 0,36% do Produto Interno Bruto (PIB). Mesmo com o resultado negativo, a meta fiscal de 2024 foi cumprida.
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Em janeiro de 2025, o governo central foi superavitário em R$ 84,9 bilhões. Já em fevereiro, o governo teve déficit de R$ 31,7 bilhões.
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A meta do governo federal para 2025 é de déficit fiscal zero. Isso significa a busca da equipe econômica pelo equilíbrio das contas públicas, com receitas equiparadas às despesas.
A meta fiscal para 2025
Assim como no ano anterior, o governo federal persegue a meta fiscal de déficit fiscal zero em 2025. Ou seja, a busca pelo equilíbrio das contas públicas, com receitas equiparadas às despesas.
A ideia é que haja aumento gradual até 2028, quando se prevê chegar ao superávit primário de 1% do PIB.
Confira as demais projeções:
2026: superávit de 0,25% do PIB (R$ 33,1 bilhões)
2027: superávit de 0,50% do PIB (R$ 70,7 bilhões)
2028: superávit de 1% do PIB (R$ 150,7 bilhões)
2027: superávit de 0,50% do PIB (R$ 70,7 bilhões)
2028: superávit de 1% do PIB (R$ 150,7 bilhões)
Foto: Divulgação/Tesouro Nacional
Por: Gabriela Pereira / Metrópoles
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