30/09/2025 16:49:00
Dívida pública federal sobe 2,59% e chega a R$ 8,1 trilhões em agosto
Os dados foram constam do Relatório Mensal da Dívida (RMD), divulgado nesta terça-feira (30/9) pelo Tesouro Nacional

A dívida pública federal (DPF) cresceu 2,59% e ficou em R$ 8,1 trilhões em agosto, após registrar R$ 7,94 trilhões em julho. É o que diz o relatório mensal da dívida pública federal (RMD) publicado nesta terça-feira (30/9) pelo Tesouro Nacional.
Segundo a pasta, esse desempenho da dívida pública ocorreu devido à emissão líquida no valor de R$ 136,94 bilhões e à apropriação positiva de juros, no valor de R$ 76,85 bilhões.
Com esses dados, o estoque da dívida pública federal encerrou o mês de agosto fora dos limites previstos no Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2025, com variação de R$ 8,5 trilhões a R$ 8,8 trilhões no ano.
O prazo médio da DPF, intervalo médio em que o governo leva para refinanciar a dívida pública, diminuiu de 4,16 anos em julho para 4,09 anos em junho — ficando no limite do intervalo estipulado pela PAF 2025 (entre 3,8 anos e 4,2 anos).
De acordo com o coordenador-geral de operações da dívida pública, Helano Borges Dias, o mês de agosto é uma continuidade do que já vinha acontecendo nos últimos meses, com investidores mais propensos ao riscos. Para explicar, ele citou a política monetária dos Estados Unidos, que teve queda na taxa de juros pelo Federal Reserve, e a manutenção da taxa selic pelo Banco Central, no Brasil.
Entenda a dívida pública federal
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A dívida pública federal é contraída pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal (quando a máquina pública acaba gastando mais do que arrecada).
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As principais formas de classificá-la são: quanto à forma utilizada para o endividamento e quanto à moeda na qual ocorrem os fluxos de recebimento e pagamento da dívida.
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A emissão líquida é a diferença entre o valor de títulos da dívida pública emitidos pelo governo federal e o valor dos títulos resgatados (isto é, comprados de volta pela União).
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Apropriação positiva de juros acontece quando o governo obtém um retorno maior com os investimentos em títulos em comparação com os juros pagos aos detentores da dívida pública.
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Em 2024, o estoque da dívida pública federal somou R$ 7,3 trilhões. O resultado ficou dentro dos limites previstos no Plano Anual de Financiamento (PAF) do ano passado.
Composição da dívida
Quase metade da dívida pública está atrelada à taxa básica de juros, a Selic, que se encontra em patamar mais restritivo (15% ao ano). Em agosto, a composição da DPF ficou da seguinte forma:
Taxa Flutuante (Selic): 49,25%;
Índices de Preços (IPCA): 26,10%; e
Prefixados (com rendimento definido no momento da emissão): 20,95%;e
Câmbio: 3,67%.
Índices de Preços (IPCA): 26,10%; e
Prefixados (com rendimento definido no momento da emissão): 20,95%;e
Câmbio: 3,67%.
O maior detentor da dívida pública é o grupo Instituições Financeiras, que aumentou em agosto. O estoque passou de R$ 2,3 trilhões para R$ 2,4 trilhões. A participação do grupo subiu para 31,8%.
A participação da Previdência Social na DPF se manteve em 23,94%. No entanto, o estoque cresceu em R$ 49,66 bilhões, totalizando R$ 1,8 trilhão no mês.
Confira os demais detentores:
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Fundos de Investimento têm participação de 21,28%, com estoque de R$ 1,66 trilhão;
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Não-residentes têm participação de 9,33%, com estoque de R$ 771,45 bilhões;
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Seguradoras têm participação de 3,75%, com estoque de R$ 277,97 bilhões;
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Governo tem participação de 2,86%, com estoque de R$ 224,44 bilhões; e
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Outros têm participação de 6,98%, com estoque de R$ 547,77 bilhões.
Colchão da dívida pública federal
A reserva de liquidez da dívida pública aumentou em agosto em comparação a julho. O chamado “colchão” para pagar a DPF é composto por recursos presentes na Conta Única do Tesouro Nacional (CTU), no Banco Central (BC).
O colchão expandiu 14,78 % em agosto, passando de R$ 988 bilhões para R$ 1,13 trilhões. Atualmente, o valor em caixa é suficiente para quitar 7,78 meses de vencimentos de títulos.
Foto: Michael Melo/Metrópoles
Por: Mariana Andrade, Gabriela Pereira / Metrópoles
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