14/11/2025 15:13:00
Etanol de milho registrou crescimento de 16,73%
A produção de etanol de milho alcançou 5,27 bilhões de litros
O etanol de milho segue como um dos destaques da matriz de biocombustíveis do Centro-Sul. Na segunda metade de outubro, 21,57% do volume total de etanol produzido teve origem nesse grão, o que representa 410,97 milhões de litros. No mesmo período da safra 2024/2025, a produção havia sido de 377,54 milhões de litros, indicando crescimento de 8,85% em um ano.
De acordo com os dados divulgados pela Unica, no acumulado desde o início da safra, a produção de etanol de milho alcançou 5,27 bilhões de litros, avanço expressivo de 16,73% em relação ao volume registrado em igual intervalo do ciclo anterior. O resultado reforça a tendência de diversificação da base de matérias-primas, reduzindo a dependência exclusiva da cana e ampliando a oferta de biocombustível ao longo do ano.
As unidades produtoras da região Centro-Sul processaram 31,11 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na segunda quinzena de outubro da safra 2025/2026, volume superior ao registrado no mesmo período da safra 2024/2025, quando a moagem somou 27,21 milhões de toneladas. No entanto, ao olhar o acumulado desde o início do ciclo até 1º de novembro, o ritmo mostra ligeira perda de fôlego: a moagem atingiu 556,03 milhões de toneladas, queda de 1,97% em relação às 567,18 milhões de toneladas observadas em igual intervalo da safra anterior.
Na segunda metade de outubro, 242 unidades produtoras estavam em operação no Centro-Sul. Desse total, 222 usinas processavam cana, enquanto dez plantas produziam etanol exclusivamente a partir de milho e outras dez eram usinas flex, aptas a trabalhar com cana e milho. Um ano antes, eram 251 unidades em atividade, o que evidencia o avanço do encerramento da safra em diversas regiões.
Mais usinas encerram safra mais cedo
O movimento de parada das unidades se intensificou no fim de outubro. Nos últimos quinze dias do mês, 54 usinas encerraram a moagem. Desde o início da safra, 74 unidades já concluíram o processamento da cana, quase o dobro das 40 usinas que haviam finalizado as operações no mesmo período do ciclo anterior.
Segundo a UNICA, na primeira quinzena de novembro havia a previsão de que outras 50 unidades colocassem fim à moagem da safra 2025/2026. Com isso, a projeção é de que, ao término da primeira metade de novembro, mais de 120 empresas já tenham encerrado a safra no Centro-Sul, concentrando a produção em um número menor de unidades na etapa final do ciclo.
Qualidade da matéria-prima: ATR em queda frente à safra passada
Em relação à qualidade da cana, o indicador de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) mostra recuo em comparação com a temporada anterior. Na primeira quinzena de outubro, o ATR médio foi de 151,56 kg por tonelada de cana.
Considerando todo o período da safra 2025/2026 até 1º de novembro, o ATR acumulado ficou em 138,32 kg por tonelada, o que representa queda de 3,07% em relação ao mesmo ponto da safra passada. Esse desempenho indica uma cana ligeiramente menos rica em açúcar, o que afeta o potencial produtivo sobretudo de açúcar, mas também o rendimento industrial como um todo.
Produção de açúcar: volume elevado, mas mix recua
Na segunda quinzena de outubro, a produção de açúcar no Centro-Sul somou 2,07 milhões de toneladas. Desde o início do ciclo até 1º de novembro, o volume acumulado do adoçante chegou a 38,09 milhões de toneladas, mantendo o Centro-Sul como principal polo açucareiro global.
Apesar disso, o mix açucareiro perdeu espaço na margem. A proporção da cana destinada à fabricação de açúcar caiu dois pontos percentuais na segunda metade de outubro, passando de 48,28% para 46,02% em relação à quinzena imediatamente anterior.
Esse movimento não se restringe a um único polo produtor: regiões tradicionais como São Carlos, São José do Rio Preto e Piracicaba também registraram recuos de 4 a 7 pontos percentuais na participação da matéria-prima voltada ao açúcar, reforçando a mudança de estratégia das usinas na reta final de safra.
Etanol ganha espaço no mix e cresce na segunda metade de outubro
Com menor participação da cana na produção de açúcar, o etanol avançou na segunda quinzena de outubro. A fabricação total do biocombustível no Centro-Sul alcançou 1,90 bilhão de litros no período.
Desse volume:
- 1,16 bilhão de litros foram de etanol hidratado, com alta de 14,05%;
- 747,19 milhões de litros corresponderam ao etanol anidro, que apresentou crescimento de 14,90%.
- No acumulado da safra 2025/2026 até o momento, a produção total de etanol chegou a 26,95 bilhões de litros, uma retração de 6,91% em comparação com o ciclo anterior. Desse total:
- Etanol hidratado somou 16,78 bilhões de litros, queda de 9,19%;
- Etanol anidro atingiu 10,17 bilhões de litros, recuo mais moderado, de 2,88%.
Vendas de etanol em outubro: anidro cresce, hidratado recua
No mercado, o mês de outubro foi marcado por vendas totais de 3,05 bilhões de litros de etanol. O etanol anidro respondeu por 1,19 bilhão de litros, com alta de 6,18% frente ao mesmo mês da safra anterior. Já o etanol hidratado registrou comercialização de 1,86 bilhão de litros, com queda de 5,18%.
No mercado doméstico, as unidades do Centro-Sul venderam 1,79 bilhão de litros de etanol hidratado, recuo de 4,44% na comparação anual. O etanol anidro seguiu trajetória oposta e atingiu cerca de 1,17 bilhão de litros, avanço de 7,74%, refletindo o maior uso do produto na mistura à gasolina.
Comercialização acumulada reforça papel do biocombustível
Considerando o acumulado desde o início da safra até o fim de outubro, a comercialização total de etanol pelas unidades do Centro-Sul somou 20,57 bilhões de litros. Desse volume:
- Etanol hidratado respondeu por 12,84 bilhões de litros, com queda de 5,42%;
- Etanol anidro chegou a 7,72 bilhões de litros, registrando alta de 4,67%.
Foto: Divulgação
Por: Aline Merladete / Agrolink
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