26/05/2025 17:32:00

Com estoque alto e exportações em queda, arroz enfrenta risco de nova desvalorização

Mercado brasileiro de arroz enfrenta dificuldades para reagir nos preços

Com estoque alto e exportações em queda, arroz enfrenta risco de nova desvalorização - Notícias - Mato Grosso digital

Os preços do arroz seguem pressionados pela maior oferta da safra 2024/25. Em abril, o cereal manteve média de R$ 76 por saca de 50 kg, valor que caiu levemente para R$ 75 em maio. O mercado interno operou com lentidão, com vendas concentradas em reposições de estoque pelas indústrias. A baixa liquidez reflete a resistência dos produtores em comercializar diante de preços que não cobrem o custo operacional, estimado em R$ 76/sc no Rio Grande do Sul, segundo o IRGA.

 

De acordo com informações divulgadas pelo Itaú BBA, o mercado brasileiro de arroz enfrenta dificuldades para reagir nos preços, mesmo com uma safra quase concluída e resultados produtivos positivos. O escoamento tem sido prejudicado pelo recuo nas exportações, que caíram 28% em abril frente a março, e pela baixa competitividade frente a exportadores do Mercosul, como Paraguai e Uruguai. O banco destaca ainda que a janela de exportação brasileira pode se fechar a partir de agosto, com o avanço da oferta norte-americana, ampliando o risco de novas quedas nas cotações.

 

A produção nacional deve alcançar 12,1 milhões de toneladas, segundo estimativa da Conab, impulsionada por um aumento de 6,9% na área plantada e uma produtividade média de 7 t/ha — 7,4% superior à da safra passada. No entanto, os custos elevados e a dificuldade de posicionar o produto no mercado externo acendem um alerta para o setor. A margem de rentabilidade está estreita, exigindo maior eficiência na gestão e atenção à comercialização.

 

A nível internacional, o USDA projetou produção global recorde para 2025/26, com reflexos negativos nos preços futuros do arroz em Chicago. Entre abril e maio, os contratos caíram de US$ 292/t para US$ 277/t. O cenário global mais ofertado também colabora para limitar qualquer reação nos preços domésticos, que seguem pressionados.

 

 

 

Foto: Pixabay

Por:  Aline Merladete / Agrolink

 

 

 

 

 

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