Espaço Itaú de Cinema é vendido para Cinesystem, que assume salas em 3 capitais

Chegou ao fim o Espaço Itaú de Cinema. A partir de agora, o grupo paranaense Cinesystem assume a gestão do complexo exibidor de filmes, que acaba de ser vendido pelo Instituto Unibanco de Cinema, o braço cultural do Itaú (ITUB4). O valor da transação não foi revelado.

A rede assume os quatro complexos do banco que operam no Shopping Frei Caneca e Bourbon Shopping, na capital paulista; no Shopping Casa Park, em Brasília; e no Espaço Itaú de Cinema em Botafogo, no Rio de Janeiro.

Adhemar de Oliveira assume salas da Augusta

As salas da Rua Augusta, no centro da capital paulista, passam para as mãos de Adhemar de Oliveira, que já possuía sociedade no negócio. À frente do circuito de filmes de arte no Rio de Janeiro e em São Paulo, o empresário fundou a Espaço de Cinema em 2008, chegando a manter 72 salas.

Espaço Itaú de Cinema (Reprodução)

A história do Espaço Itaú de Cinemas, aliás, começou em 1989, quando Oliveira participou da criação da Mostra Banco Nacional de Cinema, patrocinada pela instituição financeira da família Magalhães Pinto e que, mais tarde, viraria o Festival do Rio.

Em 1993, a proximidade com o banco levou à criação do Espaço Banco Nacional de Cinema, na Rua Augusta, onde antes operava o decadente Cine Majestic, fundado pela família Moussali em 1947. O espaço foi transformado em um cinema de três salas, com livraria e café, agora 100% nas mãos de Oliveira.

Rede paranaense amplia atuação

Ao assumir os cinema do Itaú, a Cinesystem amplia a atuação no eixo Rio-São Paulo e estreia em Brasília, somando, 180 salas de 27 unidades em 11 estados. Segundo a rede, mais de 30 milhões de pessoas já passaram pelo complexo. Criado em 1999, o grupo está entre as cinco maiores redes de cinemas do país.

Por nota, o Itaú informou ao IM Business que continuará investindo em iniciativas relacionadas ao audiovisual, como a plataforma de streaming gratuita, Itaú Cultural Play, e apoios por leis de incentivo, além de parcerias com produtores e realizadores. 

Por: Taís Laporta/InfoMoney